terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SOPA e PIPA: Primeira Guerra Digital Mundial

             Nosso último post de 2011 foi sobre “livros online: maravilha ou caos”, e o ano de 2012 começa com este assunto tomando conta das redes sociais e da mídia em geral. O SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Protect IP Act) estão em discussão e vêm causando um movimento contra a sua aprovação. No dia 18 de janeiro houve “blecaute” na web de alguns sites em protesto ao conteúdo a ser aprovado com estes projetos de lei.
            Dentre as manifestações ocorridas, destaca-se a mensagem da Wikipédia que em sua página apresentava a mensagem "Imaginem um mundo sem conhecimento gratuito... Atualmente, o Congresso dos EUA está considerando uma legislação que pode prejudicar gravemente a internet gratuita e aberta". Já o Google em sua versão em inglês inseriu a mensagem "Diga ao Congresso que não censure a internet".
O Jornal Folha de São Paulo  divulgou uma breve reportagem sobre o assunto e nele afirmava que a favor do SOPA estão indústrias de cinema, TV e música, além de provedoras de TV a cabo e internet. Já contra as empresas como Google, Yahoo!, YouTube, Facebook, Foursquare e Mozilla, que afirmam que a linguagem vaga do projeto torna portais, sites de busca e redes sociais legalmente responsáveis por abrigar sites e links com conteúdo pirata e passíveis das mesmas penas: bloqueio sumário e veto a anunciantes.
Diante da insatisfação com a proposta apresentada afirma-se que estamos presenciando a Primeira Guerra Digital Mundial.  O jornal argentino El titular publicou no dia 19 de janeiro a seguinte notícia “Anonymous comienza la primera guerra mundial en el universo digital.
O Anonymous é considerado por muitos como hackers, no entanto, trata-se de um grupo que vem realizando protestos com o objetivo de promover a liberdade na internet e a liberdade de expressão. Na Wikipédia consta a informação de que “Pelas suas capacidades, o grupo Anonymous tem sido considerado pela CNN como sendo o sucessor do WikiLeaks".
Sobre este assunto a Diretora da Escola de Comunicação da UFRJ, mencionou no facebook no dia 20/01/2012 que “As ações do Anonymous são muito mais SIMBÓLICAS do que qualquer coisa! Não destroem os conteúdos dos sites. Derrubam! Trata-se de uma guerra simbólica, memética e de guerrilha comunicacional. É a guerra da linguagem! E usam todo o arsenal do cinema e da cultura de massa”.
O grupo Anonymous anunciou nesta segunda feira (30/01/2012) que fará uma série de ataques a instituições financeiras, tirando-as do ar por 12 horas para continuar a onda de protestos já anunciada, o Banco Itaú foi o primeiro a sofrer o ataque.
A guerra está no ar, ou melhor, na nuvem, e é certo que alguém precisa construir regras para a disseminação da informação e por outro lado, é necessário que estas regras não estabeleçam uma ditadura ou uma nova inquisição. Ainda sobre este assunto, o artigo “StopSOPA: hipóteses sobre a luta pela internet livre”.

5 comentários:

  1. Ótimo post. É interessante pensarmos quem são os atores dessa "guerra"e qual a posição de cada um desses atores nesse campo de batalha. E ainda, em que medida as bibliotecas e centros de informação têm se envolvido nessa guerra?

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  2. Adorei o blog! Ótima divisão e rico em conteúdo. Parabéns!

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  3. Caroline Brito de Oliveira1 de fevereiro de 2012 às 04:33

    Concordo que devemos refletir sobre a prosição que as unidades e, também, os profissionais de informação, vão/ devam assumir nesse cenário de guerra.

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  4. Informação é a matéria prima do nosso fazer. Esta não está restrita as bibliotecas virtuais ou não. A informação está na nuvem, assim como nós, então precisamos pensar o nosso fazer neste espaço?

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  5. Maiores informações sobre SOPA e PIPA nesta reportagem da Veja. http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/senado-americano-adia-votacao-do-projeto-pipa?gclid=CPyGqvyH_a0CFQ5U7Aod_C2Dtg

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