quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vinte anos depois...

            Pedro Doria nos lembra de que há 20 anos ganhamos a Internet de presente da Rio92. No artigo "A internet BR faz 20 anos", ele menciona as dificuldades de conexão com a Internet e o seleto grupo de pessoas que possuía acesso à rede antes da Rio92. Fala, também, dos diversos pais que a Internet brasileira teve e destaca o papel do Ibase durante este grandioso evento que aconteceu no Brasil em 1992.
            Mas, como surgiu este interesse pela web no Brasil? Acontece que quem vinha para a ECO92 precisava de acesso e, de acordo com Doria (2012)


Estrangeiros no país precisavam de internet. E havia, no Ibase, uma pessoa que sabia montar essa infraestrutura. C. A. [Carlos Afonso] criou um provedor de acesso permanente. Quando a conferência terminou, o Ibase e seu Alternex permitiram que qualquer um, em troca de uma taxa mensal, tivesse sua conta naquela rede misteriosa.

            A web de vinte anos atrás era bem diferente do que conhecemos hoje. Estática, não possuía gráficos e nem som, rodava somente em texto. A interatividade que nos fascina - compartilhar músicas, fazer download de vídeos ou "curtir" uma imagem - não existia! Sobre o que era possível fazer na Internet, destaca o Gopher e a Usenet, esta, de acordo com o jornalista, “uma gigantesca base de fóruns de discussão, a avó do Facebook". Ressalta que “[...] exatamente como hoje, as conversas eram instigantes, emocionadas às vezes, surpreendentemente grosseiras noutras. Algumas coisas, na internet, não mudam”.
            Lembra ainda, que a Embratel "quando percebeu que a internet ficaria grande muito rápido, [...] tentou garantir seu monopólio do acesso", mas já era tarde. Começava também o interesse pela privatização das telecomunicações.
            Doria finaliza o texto afirmando que a Rio+20 não deixou (e nem terá como deixar) uma herança destas...

Veja o texto "A internet BR faz 20 anos", de Pedro Doria. Publicado em 25 jun. 2012 no site do jornal O Globo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

VITRINE DA MEMÓRIA

Engajada no evento RIO+20, a Biblioteca do CFCH/Espaço Anísio Teixeira destaca a coleção Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, editada pelo IBGE entre as décadas de 1950-60, enfatizando a memória do Rio de Janeiro. As obras podem ser consultadas na Biblioteca.

Visite a galeria O RIO QUE VIMOS e confira mais fotos



Manifesto dos Pioneiros da Educação – a atualidade do discurso


“Faz 80 anos que um grupo de notáveis, entre eles Cecília Meireles, Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando de Azevedo, publicou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Ousado para a época — 1932 —, o manifesto tinha propostas claras para a Educação no Brasil”.

O Manifesto, assinado por 26 intelectuais brasileiros (23 homens e 3 mulheres), destaca alguns pontos considerados inovadores na intenção de caracterizar a nova educação brasileira tais como: o Estado deve assegurar que todos recebam escola comum e única, abolindo privilégios de classes sociais e que ela deve ser obrigatória, laica e gratuita. Destaca, ainda, que é preciso garantir o investimento nos professores com “formação e remuneração equivalentes que lhe permitam manter, com a eficiência no trabalho, a dignidade e o prestígio indispensáveis aos educadores”. O destaque para o papel do professor é reafirmado no discurso pronunciado por Anísio Teixeira no momento de sua posse no INEP (1952), quando propõe um programa de reconstrução das escolas e revisão de seus métodos introduzindo, em sua formação, o “espírito científico”, percebido como sinônimo de espírito experimentalista, de espírito de investigação e de pesquisa.

O aspecto interdisciplinar presente no Manifesto, aponta para uma interação consolidada entre educadores e cientistas sociais, incentivando o debate das questões que envolviam o processo educativo em defesa de uma educação funcional visando, ao mesmo tempo, o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade onde ele se insere.

Arnaldo Niskier, membro da Academia Brasileira de Letras, acredita ser a hora de um novo manifesto: “Defendo essa ideia para que a gente avance. Entre os pontos importantes estariam a obrigatoriedade do horário integral, o uso inteligente da tecnologia e o país priorizando a formação dos profissionais”.

Leia mais sobre esse assunto em: http://oglobo.globo.com/educacao/manifesto-pela-educacao-completa-80-anos-na-gaveta-5237034